sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Não sei mais o que escrever, mas não é como se tivesse perdido a vontade de fazê-lo, as palavras perderam o nexo, elas se embaralham, formaram mil e um anagramas, mas o vento sobrou e trocou os significados de lugar. Mas sobre a vontade de viver - que te assustou tanto da última vez -, posso dizer com toda a minha certeza que ela está aqui como fogo que queima, às vezes não forma uma chama alta, porém continua a queimar. E sem você, que me servia de gasolina, a chama não é muito alta. Eu supero. Superei sua falta de vontade de estar ao meu lado, o seu ciúmes, a sua possessividade, o seu olhar de raiva, a sua própria raiva, o seu descontrole, sua falta de responsabilidade, suas amigas, suas memórias, as lembranças, a ex-namorada, a ex da ex-namorada, sua indiferença, sua frieza, seu sentimentalismo barato, suas ligações na madrugada, os seus carinhos, o seu abraço, o seu cheiro, os seus beijos, a sua pele tocando na minha, sua voz sussurrando baixo ao meu ouvido coisas que eu... Opa, eu não superei tudo.