sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Sobre a felicidade compartilhada e a sorte de um sorriso bom.

Sobrevivi em tempos nos quais felicidade era escondida a sete chaves. Época difícil, amigo. A inveja transbordava e saltava dos olhos alheios, o veneno logo escorria sobre aquele momento único e  feliz. Precisava ser tudo escondido, só para você; nada poderia ser compartilhado, doado. Era uma entrega monótona em um mundo colorido, egoísmo não é bem a palavra certa para descrever. Não compartilhávamos por medo de perder, de ser tirado de nos aquilo o qual conquistamos ou chegavam por pura sorte. Sorte, o que poucos tem e muitos querem. Aos poucos, a felicidade vai pesando. São picos de serotonina e endorfina saltando e  moldando o sorriso nos lábios. Esses, tão sinceros, pediam para ser compartilhado. Sorte de quem tem um sorriso bom de uma felicidade única pronta para ser divididos. Só são necessários 10 segundos de coragem para você lançar a sorte na mesa e deixar que as cartas decidam por si só. Quero ver quem se arrisca perder um sorriso bom.