Primeiro, não te desejo mal algum, mas o mundo dá muitas voltas, querido, e pode ter certeza que em uma dessas você vai colher o que plantou. Sinto muito por você ter plantado tantas coisas ruins. Sinto também em te avisar que você vai esbarrar comigo. E vou estar mais bonita, mais madura, mais inteligente, na faculdade que sonhei ou quem sabe já formada e realizando todos os meus planos. E você, pobre coitado, vai se lembrar de todas as vezes que me tratou mal, que foi duro comigo, que mentiu, que me ignorou, que falou as coisas pra me magoar. E isso vai chegar fundo em você. Vou ter prazer em te apresentar algo chamado: arrependimento.
Você vai se arrepender. Vai sim. Vai olhar para todos os seus amigos e eles vão estar felizes por estar com alguém que os complete; e você vai olhar para a sua namorada medíocre que nem se quer nota quando você está mal, quando você corta o cabelo ou quando o joga de lado, ou quando usa aquele perfume maravilhoso que tanto adora; e você vai perceber que ela não te conhece tão bem como eu, e que ela não te emociona. E você vai, infelizmente, se lembrar de todas as ligações não atendidas, das mensagens não respondidas, das horas que me deixou esperando ou de quando esteve ocupado pra mim. E você vai se lembrar do quanto te apoiei, do quanto te compreendi, do quanto te adorei, mimei, cuidei e me importei.
É, querido, o arrependimento vai bater forte na sua cara pela oportunidade que deixou passar. E quando você me encontrar, não adianta me olhar. Se me cumprimentar, saiba que irei responder por educação e pena. Pena do homem maltrapilho que você se tornou, dessa pessoa amarga e sem graça que você é. Nem pense que outra pessoa vai te achar tão bom como eu te achei um dia.
Posso rir agora? Eu espero que me ver no seu caminho te infernize. E muito.
E por fim, eu estou muito bem sem você. Eu sou melhor assim. Obrigada!
